domingo, 9 de setembro de 2007

Aborto Provocado

ABORTO PROVOCADO é aquele causado por um agente externo, profissional ou “curioso”, por intermédio de medicamentos abortivos ou chás.
MÉTODOS CIRÚRGICOS
Sucção: pode ser feito até a 12º semana após o último período menstrual (amenorréia). Utiliza-se anestesia local ou geral. No primeiro caso, a paciente é sedada com analgésico intramuscular. Na mesa de operação, um exame prévio determina o tamanho e a posição do útero. Em seguida, lava-se a vagina com solução antisséptica, injetando-se anestésico local no colo do útero. Se for anestesia geral, aplica-se, uma hora antes, injeção de Atropina. A anestesia geralmente começa com injeção intravenosa de Thionembutal, que adormece o paciente, aplicando-se em seguida um anestésico geral por inalação (Óxido Nitroso).A partir daí o procedimento é o mesmo: o colo do útero é imobilizado por um tipo de fórceps chamado tenáculo, e lentamente dilatado por dilatadores cervicais. Depois introduz-se no útero a ponta de sucção, de tamanho variável conforme o tempo de gestação. Liga-se ao aparelho de sucção, cuja potência é, aproximadamente, 30 vezes superior ao de um aspirador de pó doméstico. O produto da concepção é completamente aspirado, sendo afrouxado delicadamente o tecido da parede uterina, que é, também, aspirado. Isso provoca contrações do útero, diminuindo a perda de sangue. É comum utilizar-se injeção de Ergotrate para provocar essas contrações, causando, às vezes, náuseas e vômitos. Este é o procedimento mais comum.

Mini aborto: é feito quando a mulher está há menos de 7 semanas sem menstruar. O médico examina manualmente, determinando o tamanho e a posição do útero. Lava a vagina com solução anti-séptica e, com uma agulha fina, anestesia o útero em três pontos, prendendo-o com tenáculo. Depois, introduz uma sonda de plástico fino e flexível, ligando-a um aparelho de sucção para remover o endométrio e os produtos da concepção. Essa técnica pode provocar fortes colicas uterinas, náuseas, sudorese e reações de fraqueza. A mulher não pode ter relações sexuais nem usar tampão nas três ou quatro semanas seguintes, para evitar o risco complicações ou infecções.
Amniocentese ou envenenamento por sal. É feito entre a 16ª e 24ª semana de gestação. O médico um ponto situado entre o umbigo e a vulva, ultrapassando a parede do abdome e do útero até encontrar o âmnio (ou bolsa das águas). Com uma seringa, aspira o fluido amniótico, substituindo-o por solução salina ou prostaglandina. Entre 24 e 48 horas, por efeito das contrações do útero, o feto é expulso como num parto normal. O risco é aplicar erradamente a anestesia, ou injetar a solução fora do âminio, que pode causar morte instantânea da gestante.
Microcesárea ou Histerotomia. É feita entre a 16ª e 24ª semana de gestação, usando-se duas técnicas: 1) faz-se um corte no fundo da vagina, perto do colo uterino, acessando a parte inferior do útero para fazer uma incisão e retirar feto pela abertura; 2) faz-se uma incisão no abdomem, à altura dos pelos pubianos, abrindo-se um corte na parte anterior do útero para em seguida retirar o feto. É necessária anestesia geral, aumentando o risco cirúrgico.
Aborto por Prostaglandinas. É realizado na chamada ‘‘zona cinzenta’’, entre a 12ª e a 16ª semana depois da última menstruação. Pesquisas recentes demonstraram que supositórios vaginais de Prostaglandina EZ causam contrações uterinas e aborto. Mantêm-se o supositório na vagina por um diafragma alterado, cuja porção central foi removida. Sem o diafragma, a prostaglandina deve ser colocada de 2 em 2 horas. Há, também, a prostaglandina sintética (15(s)-15- metil prostaglandina F2 alfa), que é injetada por via intramuscular, a cada duas ou três horas, provocando o aborto em cerca de 14 horas. O feto é expelido morto ou insuficientemente desenvolvido para a vida extra-uterina.
Curetagem. É feita até a 12ª semana gestação. Abre-se o colo do útero com dilatadores, até possibilitar a passagem da cureta (instrumento afiado em forma de colher), que corta a placenta e retalha o corpo do bebê, aspirando-o em seguida. Para evitar infecção, o médico remonta os pedaços do nascituro após a extração, peça por peça, para assegurar-se de que nenhum pedaço ficou no útero materno. Este tipo de aborto pode perfurar a parede uterina, provocando hemorragia. Muitas vezes se retira tecido demais do útero, causando esterilidade.
DROGAS E PLANTAS
Existem várias substâncias que, quando ingeridas, causam aborto. Algumas são tóxicos inorgânicos como arsênio, chumbo, antimônio, cobre, ferro, fósforo e vários ácidos e sais. As plantas são: absinto, losna, alecrim, algodoeiro, arruba, cipómil-homes, espirradeira e várias ervas amargas. Todas estas substâncias ocasionam o aborto, mediante intoxicação do organismo. O risco de abortar, nesses casos, é tão grande quanto o de morrer, devido aos efeitos tóxicos desses vegetais.
Pílula RU-486: Trata-se de um poderoso esteróide sintético usado para induzir o aborto em mulheres entre cinco a sete semanas de gravidez. Considerado um dos mais potentes, é capaz de deixar graves seqüelas.
Como elas fazem o aborto[1]

Cytotec 57%
Medicamentos por via oral não identificado pelo nome 12,5%
Chás de ervas 10,6%
Injeções intramusculares 8,7%
Introdução de sonda 4,5%
Clínicas de aborto 2,6%
Exercício de pressão violenta no abdome 1,9%
Tabletes de permanganato de potássio intravaginais 0,7%
Introdução de objetos estranhos 0,4%
Outros métodos 1,1%

Aonde o aborto é legal:
Estados Unidos, Inglaterra, País de Gales, Holanda, Finlândia, Japão e Austrália.
[1] Revista Claudia, nº 427.

Nenhum comentário: